O Rio São Francisco que já se chamou Pará (fio-mar em linguagem indígena). Nasce na Serra da Canastra, movimenta as usinas de Três Marias, Sobradinho, Itapecerica, etc, e banha Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Passa no Município de Arcos na região rural de Itaoca. Abrigam espécies como o timbó, sangra dágua, assapeixe, imbaúba e ao longo das margens, avistam-se pescadores de surubim, mandi, traíra e piranha.
Em 1.711 era cobrado o imposto nacional das passagens pelos rios caudalosos. O Rio São Franscisco é tributado ( na passagem do Porto-Real, hoje Iguatama) com valores anuais só inferiores aos cobrados na passagem pelo Rio das Mortes. Em 1.777 as passagens pela Ponte Porto-Real, Rio Grande, Rio Verde, Sapucahi e Piedade, rendiam para Sua Majestade até doze contos de reis a cada três anos. Pagava-se também propina pelo Governo da Capitânia.
Rio Candongas tinha como tributários o Córrego das Almas e Córrego Santo Antônio e deságua no Rio São Miguel, principal afluente do Rio São Francisco. Rio São Miguel atravessa São Domingos, Santana e Arcos; terrenos alagadiços com fama, em 1.837 de ser um dos rios mais insalubres do Brasil.
O Rio Arcos forma uma ilha no povoado de Boa Vista e outra no de Paus Secos, com águas emendadas de São Domingos. O Rio Preto tinha a várzea mais fértil da região. O Santana é largo e raso, em conseqüência do desmatamento de 15 mil alqueires, que agora está sendo reflorestada.
Leopoldo Côrrea, informa sobre uma chuva de granizo em 16/12/1.893 que destruiu plantações e telhados causando grande prejuízo. Pedras de dez centímetros de diâmetro, obrigaram os habitantes a se protegerem debaixo das mesas e camas. Leopoldo também fala de uma tromba dágua na madrugada de Natal. Duas horas de um temporal assustador e intenso que ameaçava submergir todas as coisas. Os moradores mais antigos afirmam que nunca viram nada parecido. Outra grande enchente causou grandes prejuízos aos fazendeiros regionais, em 1.949.
As lagoas do município são bonitas e numerosas. A das Piranhas comunica com Dois olhos dágua através de lençol subterrâneo. Muito exposta, sem arborização circular, está reduzida a um décimo de volume de 30 anos atrás. Nela a lenda do Nego Dágua: na década de 60 ele tentou virar a canoa do pescador, mas este decepou parte de sua mão com um facão e o Nego mergulhou nas bolhas de sangue.
Fonte: História de Arcos-Lázaro Barreto.
Oi, Ju! Tava devendo um comentário ao teu blog... Bacana mesmo! Vc tá ajudando a preencher um espacinho bem defasado. Pouco se fala da história arcoense na web. Beijos e sucesso sempre.
ResponderExcluirObrigada Mari.Diminuir este espaço é o principal objetivo do Blog.
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