Povoamento

   Arcos teve seu princípio à época de Sesmarias, como a maioria das cidades Mineiras.

   O Rei de Portugal, D. Fernando, determinou a lei das sesmarias. Os primeiros sesmeiros que obtiveram privilégios territoriais foram: Cap. Antônio Ribeiro de Morais, João Teixeira da Mota, Antônio Correia de Gasmão, Pedro José de Almeida Cazanga, Manuel Justino da Silva, Pe. Inácio Correia Pamplona, Francisco José Bernardes e Celestino Gonçalves Rios.

   Daí surgiram as fazendas denominadas Loanda, S. Julião, Córrego das Almas, S. Simão, Cachoeira, Cazanga, São Domingos, etc.

   O Cap. Antônio Ribeiro de Morais, um dos maiores sesmeiros destas regiões, falecido em 1842, deixou grandes áreas territoriais nas circunvizinhanças, uma das quais localizava-se entre a Fazenda São Julião e o Córrego das Almas. Manuel Ribeiro de Morais, filho do finado Antônio Ribeiro de Morais, doou catorze e meio alqueires “para patrimônio da Senhora do Carmo”. Antônio Joaquim da Silva doou na mesma data mais seis alqueires de terras.

   Nos limites dessas concessões fica toda a superfície hoje ocupada pela nossa cidade.

   As primeiras casas residenciais localizavam-se a margem do córrego que lhe deu o nome, ou seja, no bairro Niterói. Em pouco tempo formou-se um povoado, estendendo para sudeste desse mesmo córrego.

   Em 1842, Bernardo Jacinto da Veiga, Presidente da Província de Minas Gerais criou o Distrito de Arcos.

   Com a chegada da via férrea, o arraial tomou um grande impulso e entrou numa fase de progresso, aumentando o povoamento para o ponto onde se acha hoje a estação férrea, principalmente depois da instalação da luz elétrica e abastecimento de água potável.

1 alqueire = 24.200m² (medida usada atualmente).

Sesmarias: 1 Pedaço de terra devoluta ou cuja cultura fora abandonada, que os reis de Portugal entregavam a sesmeiros, para que o cultivassem. 2 Antiga medida agrária, para superfícies de campos de criação. Aurélio

Pesquisa dos acervos da Biblioteca Jarbas Ferreira Pires.